Novas regras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) favorecendo o mercado imobiliário

As novas regras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) aquecem o setor imobiliário, particularmente o segmento econômico. As novas regras incluem redução das taxas de juros cobradas em diferentes faixas do programa, o aumento do subsídio para as faixas 1 e 2 (renda familiar mensal de até R$4,400), aumento do limite de renda da faixa 1 para R$2.640 mensais e o aumento do valor máximo dos imóveis. Todas as faixas passarem por readequação dos limites superiores do valor do imóvel, na faixa 3 o valor máximo passou de R$264.000 em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para R$350.000 em todo o Brasil. A ampliação do valor máximo deve ter impacto significativo, permitindo até produtos imobiliários de perfis diferentes em cidades cujo limite anterior não ultrapasse R$240.000. O limite de renda da faixa 3 pode financiar imóveis de até R$320.000 considerando o financiamento em 35 anos, 20% de entrada e 8,7% ao ano de Custo Efetivo Total. A Caixa Econômica Federal estima 40 mil financiamentos pela faixa 3 do MCMV adicionais ainda este ano devido à ampliação para o teto de R$350.000.

NOVAS REGRAS DO MINHA CASA, MINHA VIDA RENDA

E não para por ai…

O secretário Nacional de Habitação do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Hailton Madureira, afirmou nesta quarta-feira, 23, que não há risco de que obras do Minha Casa Minha Vida parem por falta de orçamento para o programa nos próximos anos. Ele disse ainda que o orçamento para o programa deve aumentar no ano que vem.

“O orçamento do ano que vem, para Minha Casa Minha Vida, vai ser maior que neste ano”, disse ele durante evento do Santander, realizado em São Paulo no final de agosto/2023. Ele fez referência ao Orçamento do governo federal para 2024, que que já foi enviado ao Congresso.

Madureira disse que dos R$ 10 bilhões destinados neste ano para a Faixa 1 do MCMV, direcionada a imóveis para famílias de menor renda, R$ 2 bilhões serão para concluir obras que estavam paradas desde governos anteriores. Os demais R$ 8 bilhões são para novas contratações, afirmou, com o governo garantindo que as obras não serão paradas por falta de dinheiro.

“Estamos com dinheiro na frente, as empresas têm certeza de que vão receber”, afirmou o secretário. “Todo mundo vai ter a certeza de que vamos entregar o que formos contratar.”

Madureira também disse que com a garantia de orçamento, a demanda por imóveis com preços entre R$ 160 mil e R$ 180 mil deve acelerar. “Imóveis de R$ 160 mil a R$ 180 mil devem ter vazão via Minha Casa Minha Vida nunca vista antes”, comentou.

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